* Matéria publicada na edição 514 do Jornal de Poço Fundo, veiculada no dia 18 de julho de 2020.

Sem Festa de São Benedito em 2020. Esta foi a decisão tomada pelo pároco da Paróquia São Francisco de Paula, o padre Júlio César Bernardes, em conjunto com a Secretaria de Saúde, o Comitê Extraordinário Covid-19, a Prefeitura e o Terno de Congo de São Benedito de Poço Fundo. A 111ª edição, prevista para acontecer entre os dias 23 de julho e 2 de agosto, acabou sendo cancelada devido às normas estipuladas pelos órgãos competentes que proíbem a aglomeração de pessoas e aconselham o isolamento social para que a doença não se espalhe e aumente ainda mais a situação preocupante pela qual o município atravessa.

Em nota enviada à Redação do JPF, o padre Júlio explicou os motivos de tomarem tal decisão. “A Paróquia, instrumental de evangelização de Cristo, Pão Vivo e Verdadeiro, presente na Palavra, Eucaristia e defensora da vida, comunica a impossibilidade da realização da Festa de São Benedito em 2020 devido à pandemia do Covid-19. Fazemos isso para evitar a aglomeração de pessoas. Desta forma, respeitamos o Decreto Municipal de nossa cidade e seguimos as orientações de nossa Arquidiocese. Este ano, estaremos unidos de uma forma diferente: virtualmente. Mas rezando com muita fé com os devotos de São Benedito, celebrando a vida deste amado Santo. Conto com a compreensão de todos”.

A notícia não pegou ninguém de surpresa, visto que as autoridades já alertavam para esta possibilidade.

Retorno gradual

Em meio a tantos fatos negativos, uma informação, divulgada no último dia 9 (quinta-feira), deixou fieis de diversas crenças bastante esperançosos: o retorno gradual, a partir do dia 2 de agosto, das atividades religiosas no município. A notícia foi dada por meio de um decreto emitido pelo Comitê Extraordinário Covid-19. No documento, o órgão apresentou novas deliberações para a referida finalidade. Dentre elas, destacam-se:

– Promover atendimentos individuais através de horários agendados e em ambientes amplos e arejados, sem o uso de ventiladores, ar-condicionado ou similares;

– Disponibilizar álcool 70%, através de dispensadores situados nas portas de acesso da igreja ou ponto de atendimento, para uso das pessoas na entrada e saída;

– Exigir o uso de máscaras durante todo o período em que estiverem no interior do templo religioso ou do lugar de atendimento;

– Seguir todas as recomendações sanitárias, de higiene e de distanciamento para confissões, bênçãos e orientações espirituais;

– Higienizar as mãos e as superfícies utilizadas ao término de cada atendimento;

– Respeitar a distância mínima de segurança de dois metros entre os fiéis, disponibilizando os lugares de assento de maneira alternada entre as fileiras de bancos, bloqueando, de forma física, aqueles que não puderem ser ocupados;

– Vetar a participação nas celebrações e cultos de pessoas pertencentes aos grupos de risco (gestantes, hipertensos, diabéticos, idosos e crianças);

– Orientar os fiéis que apresentarem sintomas de resfriados ou gripes a não participarem dos cultos, missas e celebrações;

– Não promover aglomerações nas saídas das cerimônias;

– Distribuir hóstias aos fiéis em seus próprios lugares ou nas mãos dos mesmos, respeitando o distanciamento e ofertando a higienização;

– Disponibilizar pessoas que possam orientar os fiéis quanto às normas a serem seguidas;

– Apresentar uma lista com os nomes de todos os membros que farão parte das equipes atuantes nas celebrações para que seja agendado um treinamento com os técnicos da Vigilância Sanitária, a fim de esclarecer dúvidas sobre os protocolos apresentados;

– Proibir o uso de banheiros e bebedouros nas igrejas;

– Promover todas as celebrações, cultos ou ritos em endereço único;

– Não exceder o tempo de uma hora de duração para cada celebração ou culto;

– Vetar visitas ou qualquer outro tipo de celebração ou cultos domiciliares;

– Voltar ao funcionamento somente as igrejas e templos religiosos que tenham equipes treinadas pela Vigilância Sanitária.