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A VILA ESQUECIDA

Moradores do bairro Vila Floriano (Liliu) estão indignados com a falta de atenção recebida por parte da Prefeitura. Vias cheias de buracos, mato tomando conta de calçadas e das próprias ruas, falta de coleta de lixo nas portas das casas e iluminação pública com defeito são alguns dos problemas apontados pelos reclamantes.

Segundo o morador Ângelo Serenini (40 anos), residente na referida comunidade desde 2014, o descaso da Administração Municipal para com aquele setor da cidade é evidente. “Desde que aqui estou morando, já presenciei inúmeros dissabores. Porém, de todos, o principal é a condição em que se encontram as ruas. Incontáveis crateras tomam conta das vias. É possível ver mais buracos que o próprio asfalto. A condição de tráfego de veículos está terrível. Nossos carros estão sendo avariados constantemente. As suspensões dos automóveis que por aqui passam duram menos que as de veículos que transitam pelas estradas rurais do município”.

Ainda conforme Ângelo, diversas reclamações foram feitas à Secretaria de Obras. No entanto, o responsável pela pasta, Wladimir Corrêa, insiste em dizer que a situação do bairro é decorrente de ações mal planejadas, feitas pelos idealizadores do loteamento. “Em uma conversa informal com o secretário de Obras, o indaguei sobre a possibilidade de um emergencial socorro para as ruas. Em resposta à minha pergunta, ele alegou que o asfalto implantado na comunidade, quando o loteamento foi criado, teria sido feito com material de baixa qualidade. Complementando, Wladimir disse que não tinha previsão de quando seria feita uma possível operação ‘tapa-buracos’. Fiquei surpreso com o posicionamento e atônito em ver que os gestores vivem atrelando todas as atuais situações às coisas do passado e não resolvem nada. Fica parecendo que querem se eximir de trabalhos que devem desenvolver pelo bem da coletividade. Não estamos contentes com a postura que adotam perante as adversidades e mais infelizes ainda por saber que não teremos ações eficazes para solucionar problemas que atingem centenas de cidadãos poço-fundenses que pagam seus impostos em dia e apenas cobram seus direitos”.

Também de acordo com Ângelo, os dissabores não param por aí. “Além das vias totalmente esburacadas, vivenciamos outros problemas, como o abandono de animais no bairro, alguns chegando a atacar pedestres, e os terrenos e respectivas calçadas sujas, parecendo verdadeiras florestas, trazendo consigo bichos peçonhentos e oferecendo perigo à população. Se existem leis para punir atos negligentes como esses, queremos que as mesmas sejam cumpridas. Por fim, em diversos pontos da comunidade, moradores não possuem coleta de lixo. Isso é uma vergonha. Se todos pagam impostos, por que não têm seus direitos ofertados corretamente? Tem gente que sai de casa e anda mais de trezentos metros para descartar entulho, senão fica com os detritos apodrecendo em sua residência. É inadmissível que isso aconteça. A Prefeitura e as pastas responsáveis deveriam rever essas coisas. Afinal, cumprimos nossos deveres e queremos nossos direitos”.

Procurado pela reportagem do JPF para se posicionar a respeito das reclamações, o secretário de Obras, Wladimir, mais uma vez, somente ressaltou que o Executivo promoverá intervenções em breve e que, recentemente, o engenheiro da Prefeitura fez uma visita à comunidade para definir as melhores formas de resolução dos dissabores. 

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