EMPRESÁRIOS PROMOVEM PROTESTO PACÍFICO EM FRENTE À PREFEITURA SOLICITANDO A REABERTURA DO COMÉRCIO

CIDADE

Dezenas de comerciantes promoveram, na manhã desta segunda-feira (29), em frente ao Paço Municipal, um protesto pacífico em prol da reabertura de comércios considerados não-essenciais pela Onda Roxa, instituída pelo governador Romeu Zema, desde o último dia 17 (quarta-feira). Lojistas, cabeleireiro e donos de academia se fizeram presentes na manifestação, mas não conseguiram conversar com o prefeito Rosiel de Lima, que, segundo assessores, estava na zona rural acompanhando serviços desenvolvidos pela equipe do Executivo. Uma nova reunião deverá ser marcada com alguns representantes do empresários e o chefe do Executivo, a fim de que soluções sejam debatidas para tentar amenizar os impactos negativos que o fechamento do comércio tem causado na economia local. A Aciapf (Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Poço Fundo) se manifestou positivamente a respeito do protesto, assim como os vereadores Charles de Lima e Marília Lima.

Durante a manifestação, a empresária Jandira Begalli demonstrou a sua insatisfação quanto às restrições e cobrou soluções urgentes para que os comércios atualmente fechados tenham suas situações revistas. “No meu estabelecimento, vendo brinquedos, materiais de papelaria… e estou impedida de abrir as portas. No entanto, vejo outros lugares, considerados comércios essenciais, vendendo os mesmos tipos de produtos que os meus? Qual seria a diferença então? O outro pode vender e eu não? Queremos um posicionamento correto e sensato para que todos possam ganhar o pão de cada dia. Todos precisam sustentar suas famílias. Não é justo uns trabalharem e outros se impedidos”.

A lojista Márcia Vasconcellos também fez cobranças e solicitou um posicionamento da Prefeitura em relação à situação em que vivem. “Estamos indignadas, pois nossas lojas não aglomeram tantas pessoas assim. Podemos propor e seguir regras mais seguras para voltarmos a atender nossos clientes. É um discrepância muito grande tudo isso que está acontecendo. Nas lojas, devem entrar, no máximo, dez pessoas a cada hora, mas nas fabriquetas existem dezenas de funcionários trabalhando aglomerados. Isso é uma contradição muito grande. Queremos reabrir nossos comércios”.

Ainda durante o ato pacífico, comerciantes solicitaram a presença do prefeito Rosiel para apresentarem propostas de reabertura de seus estabelecimentos e até a proposição da elaboração de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) junto ao Ministérios Público. No entanto, o chefe do Executivo não se encontrava no Paço Municipal, pois, segundo assessores, estaria na zona rural acompanhando trabalhos em obras.

Diante do insucesso em falar com o prefeito, os vereadores Charles e Marília resolveriam agir. Charles, que acompanhou o movimento, e Marília, que compõe o Comitê Covid – 19, se prontificaram a solicitar uma reunião com Rosiel, a fim de dar voz e ouvidos aos empresários.

Após a manifestação, a reportagem do JPF entrou em contato com o presidente da Aciapf, André Costa, para saber qual seria o posicionamento da entidade perante o caso. Por meio de uma ligação telefônica, ele garantiu a legitimidade do ato e demonstrou apoio aos manifestantes. “Estamos ao lado dos comerciantes, mesmo sabendo que a Onda Roxa acaba impondo algumas situações complicadas. No caso de Poço Fundo, a maioria dos comércios que estão fechados não promovem tanta aglomeração conforme acontece nas grandes cidades. Por isso, acreditamos que os empresários estão com razão. Vamos continuar buscando soluções junto ao Poder Público para ajudá-los. Com o comércio fechado quem sofre é a economia. Precisamos achar soluções que atendam a todos e possam ser adequadas à Onda Roxa”.

Agora, os empresários aguardam um posicionamento do prefeito Rosiel. A princípio, a informação (extraoficial) é de que ele quer fazer uma reunião on-line com os manifestantes, que exigem um encontro presencial, respeitando todas as normas e regras exigidas para evitar a proliferação do Covid – 19.

Confira o vídeo gravado durante a manifestação com depoimentos de vários comerciantes: