NOVAS MEDIDAS SÃO ADOTADAS PARA EVITAR A PROLIFERAÇÃO DO CORONAVÍRUS NO ESTADO E NO MUNICÍPIO

SAÚDE

O Governo de Minas e o Município de Poço Fundo emitiram, nas últimas 24 horas, decretos de calamidade pública, através dos quais determinam a adoção de algumas medidas drásticas que devem ser seguidas para evitar a proliferação do coronavírus no estado e na cidade, respectivamente. Fechamento de estabelecimentos comerciais durante 15 dias, mantendo-se abertos apenas os mais essenciais, como supermercados, farmácias, postos de gasolina e lojas que vendam comida animal, cancelamento de eventos que possam aglomerar grandes números de pessoas e suspensão de cultos religiosos estão entre as determinações feitas pelo Executivo, tanto a nível estadual quanto municipal.

Em Poço Fundo, os reflexos das decisões já são vistos nos supermercados, onde filas imensas estão sendo formadas, inclusive, com clientes desrespeitando a distância mínima estipulada entre cada pessoa, que é de dois metros, para evitar uma possível transmissão do Covid-19.

Nos demais estabelecimentos autorizados pelos decretos, a movimentação é tranquila.

Confira, abaixo, as cópias e informações contidas nos documentos emitidos pelas autoridades:

Governo de Minas

Em uma transmissão ao vivo feita pelas redes sociais, o governador Romeu Zema anunciou, nesta sexta-feira (20), que enviou à ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais) um decreto de calamidade para Minas Gerais. Com este decreto, o governador estabeleceu também várias restrições em relação a funcionamento do comércio, ao transporte e à educação.

“Com esta medida, passo a ter condição de tomar medidas que afetam todo o estado. Acabo me sobrepondo aos prefeitos, que, se até então, tinham poder de conceder alvará, agora posso tomar esta decisão. A partir de segunda, está determinado o fechamento do comércio, exceto para os essenciais, será estendido para os 853 municípios do estado”, explicou o governador.

Até esta sexta-feira, Minas Gerais tinha 38 casos confirmados de coronavírus. Os suspeitos já passavam de quatro mil.

Durante a transmissão ao vivo, o Secretário de Estado de Saúde Carlos Eduardo Amaral, reconheceu que o número cresceu expressivamente no Estado e defendeu as medidas adotadas pelo governo. “Essas medidas que o governador está adotando nos faz não ter uma sobrecarga no serviço de saúde”.

O secretário-geral de Governo, Mateus Simões, reforçou ainda que estão proibidos eventos públicos superiores a trinta pessoas, cinemas, clubes, salões de festas, museus e bibliotecas. “As forças de segurança estarão à disposição das prefeituras para garantir que medidas sejam cumpridas”.

Conheça as novas restrições impostas pelo governo:

Comércio

A partir de segunda-feira (23), todos os estabelecimentos comerciais de Minas Gerais estarão fechados. Só ficarão abertos os que são essenciais, como farmácias, padarias e supermercados.

Transporte interestadual

Também, a partir de segunda-feira, serão fechadas as divisas do estado para transporte de passageiros vindos de outro estado. “Nenhum transporte, quer seja ônibus, trens, entrarão ou sairão do estado (…). O transporte aéreo depende de autorização federal, mas é bem provável que será suspenso em todo o estado’, afirmou o governador.

Transporte coletivo urbano e intermunicipal

Haverá expansão da restrição ao transporte público municipal. Dentro das cidades, os ônibus só poderão circular dentro do limite de capacidade de pessoas sentadas. E, nas linhas intermunicipais, só poderão circular com metade da capacidade de pessoas sentadas. As regras valem a partir de segunda-feira.

Escolas

O fechamento de escolas, determinado apenas para escolas estaduais por tempo indeterminado, a partir de segunda-feira, passa a ser imposto para qualquer instituição de ensino, inclusive particular.

Segundo Zema, apesar de não frequentarem as escolas, as crianças da rede estadual vão estudar em aulas não presenciais. “Quem tem internet, fará desta maneira. As outras irão na escola, pegar o material e devolver na semana seguinte”, disse. “Sem tumulto e da forma mais segura possível”.

Sobre a merenda escolar, que muitas crianças da rede pública dependem, o governador disse que está “trabalhando junto com o Governo Federal e a Secretaria de Estado de Educação para que as crianças continuem sendo atendidas”.

Governo Municipal