“O tempo passa, o tempo voa, e os buracos pelas ruas continuam numa boa”… A alusão a um velho jingle criado por um banco e que ficou famoso na década de 1990 ilustra bem as críticas feitas por moradores em relação à falta de ações da Secretaria de Obras perante um problema que já se tornou crônico no perímetro urbano: a aparição de crateras em vias de grande fluxo de pessoas e veículos.
De acordo com os reclamantes que procuraram a reportagem do JPF, os principais dissabores foram registrados no bairro Nova Gimirim: o entorno da Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, a Avenida José Evilásio Assi (atual ponto de encontro da juventude e de toda a população em geral). Os referidos lugares possuem áreas intransitáveis e nada foi feito até o momento para recuperá-las.
Depois de receber as queixas, a equipe do JPF se dirigiu até os referidos trechos para verificar a situação dos mesmos, e o resultado foi alarmante. O primeiro ponto visitado foi a região da Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Lá, crateras enormes estão se formando no asfalto, dificultando o tráfego de pedestres e veículos, demonstrando que apenas ações paliativas não têm sido eficazes na solução dos problemas.
Durante os trabalhos de levantamento da reportagem, cidadãos que passavam pelo local faziam questão de registrar sua insatisfação com o descaso por parte do Poder Público. Um motorista até parou e se manifestou. “Isso aqui está virando piada. Não é possível que não enxergam esses buracos enormes na rua!? Será que não possuem materiais para fazer reparos? Isso porque o secretário de Obras deve passar por esse trecho todos os dias, já que ele mora naquele bairro ali atrás (Novo Horizonte). Será que não vê as crateras ou desvia o trajeto para tentar se eximir da culpa? Acredito que enquanto não receberem uma notificação de registro de Boletim de Ocorrência devido a danos causados em bens alheios não tomarão nenhuma atitude”.
Continuando as vistorias, por toda a extensão da Avenida José Evilásio Assi, os buracos também começam a aparecer. Nas proximidades da Coopama (Cooperativa Agrária de Machado), uma cratera antiga ressurgiu no piso e aumenta a cada dia que passa. Além disso, por todo o perímetro das duas pistas da via, que, juntas, totalizam um quilômetro, outros orifícios de grandes proporções ressurgiram, dificultando o trânsito e oferecendo riscos a pedestres, que podem ser atingidos por veículos que eventualmente tentam desviar dos buracos e acabam invadindo a faixa destinada a eles.
Diante de todas as reclamações, a reportagem do JPF tentou entrar em contato com o secretário de Obras, Élbio Pinto, para obter um posicionamento sobre os dissabores elencados, e apenas obteve a informação de que, em breve, os dissabores serão solucionados.
