* Matéria publicada na edição impressa de número 484 do JPF, no dia 13 de abril de 2019.
Uma forma de retribuição do carinho recebido pelo povo poço-fundense durante os cinco anos em que viveu na cidade e pelo amor que possui por esta terra. Foi com esse intuito que o ator Joseno Alencar (40 anos) passou a gravar vídeos ao lado de colegas com quem já atuou ou se encontrou pelos estúdios das redes de televisão Globo, SBT e Record, sempre se dirigindo a Poço Fundo ou falando bem do município. Recentemente, alguns desses conteúdos virilizaram nas redes sociais e foram compartilhados por muitos gimirinenses, que se sentiram orgulhosos em receber mensagens dos apresentadores Ratinho e Leão Lobo, dos atores Mateus Solano e Eraldo Fontini, que interpreta a “Lili”, do humorista Ivo Holanda e da assistente de palco Milene Ueara, a “Pavorô”. Diante de tanto apreço por Poço Fundo, a reportagem do JPF procurou o ator para saber um pouco mais sobre esta história. O resultado você confere nesta pequena entrevista feita via internet:
JPF: Joseno, como surgiu a ideia de gravar os vídeos com os artistas destinando as mensagens ao povo de Poço Fundo?
Joseno: Sou ator e faço trabalhos nas emissoras de televisão. Ainda não sou contratado direto de nenhuma delas, mas, no presente momento, atuo com frequência no SBT. Fiz alguns filmes e trabalhos na Record e na Globo também. Inclusive, já encenei com grandes artistas. São tantas pessoas com quem gravei que até perdi a conta. Dentre eles, destaco Paola Oliveira, Adriana Esteves, Tony Ramos… Tenho tudo documentado. Durante um tempo, fiz muitas simulações no programa Cidade Alerta, à época, comandado pelo jornalista Marcelo Rezende, que dava muitas oportunidades para atores desconhecidos. Hoje trabalho bastante com o Ratinho, outro profissional que valoriza os contratados. E foi a partir desse contato com as celebridades que resolvi fazer os vídeos citando Poço Fundo. É uma forma de agradecimento por tudo que o povo dessa querida terra fez por minha família, desde o acolhimento quando nos mudamos para o município até no momento mais difícil que passamos, no dia 23 de março de 1997, data em que perdemos o Jorge, meu irmão, que morreu afogado na Ponte do Zé André. Então, a ideia nasceu basicamente daí. Farei de tudo para divulgar o município de Poço Fundo. Apesar de não ser natural da cidade, amo esse lugar.
JPF: Quanto tempo você e sua família residiram em Poço Fundo?
Joseno: Cinco anos. Foram, talvez, os anos mais felizes de nossas vidas, pois encontramos um povo acolhedor e um município aconchegante. Depois, com o falecimento de meu irmão, resolvemos retornar a São Paulo para evitar a lembrança deste momento trágico. Mas, volta e meia, vou a Poço Fundo para passar finais de semana e relembrar o tempo bom que a cidade deixou marcado em nossas vidas.
JPF: Você disse que se sente muito grato pelo acolhimento que teve por parte da sociedade poço-fundense quando se mudou para o município com a família e no momento mais difícil que viveram ao perder um ente querido. Você acha que isso foi preponderante para o nascimento desse amor pela cidade?
Joseno: Com certeza. O povo de Poço Fundo é diferenciado. Aí você encontra pessoas realmente engajadas em ajudar o próximo. Como bons mineiros que são, no início, os cidadãos ficam meio ressabiados. Depois que você ganha a confiança deles tudo muda, e passam a te tratar como integrantes da família. Por exemplo, quando o Jorge faleceu, a cidade inteira se comoveu com o fato e nos apoiou, mesmo não sendo filhos da terra. Fiquei impressionado com aquilo e com o carinho que tiveram com a minha família. Na época, o prefeito era o Carlito Ferreira, que nos auxiliou em tudo. O Eloir da funerária também foi muito prestativo. Enfim, foram várias pessoas que nos ajudaram, antes de regressarmos a São Paulo. Daí em diante, me engajei em divulgar o nome do município. Tudo que puder, e estiver ao meu alcance, farei por Poço Fundo. Sempre serei grato ao povo dessa terra maravilhosa. E esta é uma forma simples, mas verdadeira de retribuir este carinho que a cidade teve comigo e minha família. Sempre vou aí e pretendo comprar uma casa para passar finais de semana e feriados. Quem sabe, no futuro, volto a residir em Poço Fundo para ter uma vida mais calma.