Moradores e pessoas que transitam pelo prolongamento da Rua Edmilson Ferreira Noronha, responsável por fazer a ligação entre os bairros Nova Gimirim e Mãe Rainha, estão indignados com a situação em que a via se encontra. Poeira constante em época de seca, barro e poças de água em dias chuvosos e um poste no meio do caminho, que oferece perigo a motoristas que por lá trafegam, são apontados como os principais problemas. Pedidos de soluções vêm sendo encaminhados à Prefeitura há tempos, mas nenhuma medida foi tomada até o momento.
Segundo um morador daquela região, que pediu para não ser identificado com medo de sofrer represálias posteriormente, desde quando a via foi aberta dissabores estão sendo constatados. No entanto, nada de concreto foi feito para saná-los. “Essa rua, na verdade, parece uma obra eleitoreira, sem planejamento, feita na correria para ganhar votos. Me lembro que, em setembro do ano passado, quando começaram o serviço, a promessa era de que a nova passagem resolveria vários problemas que a gente enfrentava por aqui, como os alagamentos, que eram certos quando chovia, o desafogamento do tráfego da Rua Antônio Pires Franco e a valorização de nossos imóveis. Porém, apenas um desses fatos se concretizou: a eliminação dos dissabores do trânsito da Antônio Pires Franco. Mas, junto com esta solução vieram outros problemas, dentre os quais posso destacar a poeira constante provocada pelo intenso tráfego de veículos, uma vez que o caminho é de terra, o barro e as enormes poças d´água que se formam em dias chuvosos, trazendo sujeira às portas de nossas casas, além do poste no meio da rua, que, por sorte, ainda não causou um acidente grave envolvendo carros ou motos. Os demais problemas acredito que não foram sanados, pois, mesmo com a implantação das novas manilhas, em janeiro deste ano bastou uma forte tempestade para que tudo ficasse alagado novamente”.
Ainda conforme o reclamante, todos esses fatos juntos e a demora em resolver dissabores que estão ao alcance da Administração demonstram a falta de planejamento para com a obra. “Esse poste no meio da rua, por exemplo. Não consigo entender porque está aí até hoje. Pelo que sei, a implantação e retirada deles não é mais responsabilidade da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), mas, sim, de uma empreiteira contratada pela concessionária e que presta serviços à Prefeitura. E, direto vejo carros dessa empresa aqui na cidade executando serviços. Daí, pergunto: será que este poste não foi tirado dali porque a empreiteira não foi acionada ou será pura incompetência e falta de atenção da turma do prefeito? Essa rua foi aberta em setembro de 2016. Faz mais de um ano que o poste está ali. Então, considero que esse sim é um caso fácil de sanar. Quanto à eliminação do barro e da poeira, entendo que somente o asfaltamento da rua resolverá e também tenho ciência de que isso vai demorar um bom tempo, pois já fui informado por gente lá de dentro (da Prefeitura) que existem muitas pendências relacionadas à via para legalizá-la e, assim, iniciar os trâmites para obter recursos e pavimentá-la. Portanto, eu e meus vizinhos queríamos que começassem com a retirada do poste, antes que algo ruim aconteça. Depois, a gente cobra o resto”.
Diante das reclamações, a reportagem do JPF entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura e solicitou um parecer sobre o caso. Na resposta enviada à Redação, o secretário de Obras, Wladimir Corrêa, afirmou que um pedido foi feito à Cemig para a retirada do referido poste.
De acordo com ele, algumas exigências feitas pela concessionária já foram atendidas e a mesma pediu 120 dias para a remoção. No documento, o representante da Administração ainda disse que o prazo está vencendo e resta apenas esperar pela realização do trabalho.