O trecho da rodovia MG 179 que vai de Machado a Pouso Alegre passará por uma reforma, com previsão de início na próxima quinzena. A informação foi repassada por Fernando Ferreira, do DEER (Departamento de Edificação e Estradas de Rodagem) – Regional de Poços de Caldas, durante trabalhos de análise das áreas que sofrerão as intervenções, realizados no último dia 14 (terça-feira).
De acordo com Fernando, o serviço principal será uma “Recuperação Funcional” do piso. “Vamos restabelecer a condição inicial deste pavimento e retirar a parte trincada do asfalto ou que tenha deformações, para, então, recompor o trecho suprimido com uma capa asfáltica de três centímetros, colocando, inclusive, um ‘cape’ que dê mais elasticidade à pista”.
Sobre o tempo de duração da obra, o representante do DEER afirma que serão poucos meses de atividades. “Como temos cerca de setenta quilômetros, se começarmos os trabalhos até o fim de março ou início de abril, como é a nossa pretensão, deveremos entregar a obra em meados de agosto”.
Um pedido de longa data de condutores de veículos, a reforma geral do acostamento, considerado extremamente perigoso no setor entre São João da Mata e Machado, será atendido, mas, por enquanto, apenas em partes. “Não temos recurso para obras específicas de construção de acostamento. No entanto, o material retirado do pavimento defeituoso será reaproveitado em melhorias neste sentido. O asfalto será moído em uma fresadora e, com a incorporação de cascalho, recuperaremos todas as áreas onde há erosões, como fizemos nas proximidades do Acesso II de Poço Fundo. Nestes locais, será ‘imprimado’ este material, deixando a altura num nível mais próximo do da pista, sem os enormes degraus que têm gerado os problemas. Possivelmente, faremos outros tipos de intervenções com o passar do tempo, mas isto já deverá, ao menos, melhorar as condições para que motoristas possam parar com segurança às margens da pista”.
As reformas custarão cerca de R$ 16 milhões ao Governo de Minas. Na visita à área em análise também estava presente o engenheiro da empresa responsável pela obra, Miguel Ricardo.
Radar
No encontro com Fernando, a reportagem do JPF apurou as razões da retirada do radar que antes estava instalado nas proximidades da “Curva do Sinésio”, local considerado perigoso da rodovia MG 179, mas que teve uma redução drástica dos acidentes durante o tempo em que os equipamentos funcionavam.
Segundo ele, o fato se deu porque não há materiais necessários para instalações em todos os pontos antes contemplados e, por isso, se priorizou os trevos. “Não tem como negar que os radares são finitos devido a isso, consideramos que os pontos mais críticos deveriam ser os primeiros contemplados, e estes são os trevos. Após a retirada, não foram registrados sinistros na área, mas estamos monitorando o setor, e a situação pode mudar caso os acidentes voltem a acontecer”.