POLÍCIA CIVIL APONTA POÇO-FUNDENSE COMO ENVOLVIDO EM RECEPTAÇÃO DE CAFÉ ROUBADO

POLÍCIA

Há pelo menos um poço-fundense com envolvimento confirmado na receptação de dois contêineres de café roubado, que foram deixados num galpão situado às margens da rodovia MG 179 e não chegaram a ser entregues por conta da intervenção da Polícia Militar, em junho deste ano. Esta foi a conclusão da primeira fase de investigações sobre o caso, levadas adiante pela Polícia Civil gimirinense. O suspeito, de 67 anos, é indicado como a ponta de um novelo, a ser desenrolado para a elucidação definitiva do caso e a identificação da quadrilha.
No último dia 9 (sexta-feira), uma equipe da Delegacia de Poço Fundo foi à residência do idoso. O objetivo era cumprir um mandado de busca e apreensão para recolhimento de documentos e outros materiais que possam ser utilizados como provas no processo. Lá, só foram encontrados um cheque em branco, já assinado por outra pessoa, e uma nota promissória. No entanto, o veículo do homem, um Fiat Pálio, usado para deslocamentos entre a cidade e o galpão na data do crime, acabou sendo apreendido.
“Relatos davam conta de que o investigado foi, por pelo menos duas vezes, ao local e tentou contato com o dono de uma máquina para rebocar um dos contêineres, solto de forma equivocada do cavalo mecânico e que, por isso, ficou com as rodas dianteiras para cima. Ouvido preliminarmente, ele mentiu, afirmando que não estivera no depósito, mas confirmamos as versões dadas pelas testemunhas”, disse o delegado Éder Neves, responsável pelos levantamentos.
Durante as buscas, o envolvido apenas negava, de maneira não muito contundente, as acusações que estava sofrendo. Quem mais falava, de fato, era sua esposa, que não se conformava com o que estava acontecendo, mas o responsabilizava pela “vergonha” que passava. “Nem ficamos sabendo do que ele faz por aí, ele não nos fala nada, mas um homem de quase 70 anos de idade que deixa sua família e sai para aprontar coisas erradas só podia dar nisso. Se tiver mesmo participado deste tipo de safadeza tem que pagar”, dizia a dona de casa, revoltada.
Com as buscas e os levantamentos feitos até o momento, acredita-se que, em breve, todos os envolvidos sejam identificados e o caso esclarecido.

Relembre

Na madrugada do dia 1º de junho, a Polícia Militar de Poço Fundo conseguiu impedir o que poderia ser a transferência de uma carga roubada de café na área de um galpão abandonado da rodovia MG 179.
Os militares foram acionados por um caminhoneiro, que viu um contêiner sendo levado para o local e encontrou outro às margens da via.
Um grupo de suspeitos fugiu com a chegada das viaturas, deixando dois carros, um caminhão-trator (popular cavalinho) e duas carretas, com cerca de sessenta mil quilos de café no total, roubados no Estado de São Paulo.
As averiguações preliminares, em busca do proprietário e do motorista do caminhão, bem como dos envolvidos no crime e que haviam fugido, não obtiveram resultados imediatos à época. Somente agora um dos suspeitos foi identificado.