No dia 2 de novembro (quarta-feira), em todo o Brasil e em outros países cristãos, ocorreu um dos mais importantes rituais religiosos da tradição católica: o Dia de Finados. Essa data tem por objetivo principal relembrar a memória dos entes queridos que já se foram, bem como rezar pela alma deles.
Em Poço Fundo, um grande número de fieis se reuniu logo de manhã para a primeira missa no Cemitério Municipal. O presidente da celebração, padre Odair Ribeiro, falou sobre a importância da comemoração para a fé católica e convocou a todos que rezassem não apenas pelos falecidos de suas famílias e círculos de amigos ou conhecidos, mas também por aqueles de quem “ninguém se lembrava”.
Do lado de fora, vendedores de flores (naturais e artificiais) e de velas tratavam de ganhar dinheiro com o comércio, que sempre tem um bom aumento na data.
O Dia de Finados é um momento de reencontro, já que muitas pessoas vêm de longe para homenagear seus entes queridos e aproveitam para visitar os familiares e amigos vivos. Como o feriado caiu no meio de semana, mesmo com a informação de que muitos órgãos públicos não funcionariam nos dias subsequentes, este deslocamento foi menor neste ano.
Desde a época do Cristianismo primitivo, que se desenvolveu sob as ruínas do Império Romano, os fieis já oravam por seus mortos, em especial, pelos mártires, nos locais onde estes eram frequentemente enterrados: nas catacumbas subterrâneas da cidade de Roma.
O costume de rezar pelos falecidos foi sendo introduzido paulatinamente na liturgia (conjunto de rituais que são executados ao longo do ano) da Igreja Católica. O principal responsável pela instituição desta data específica dedicada à alma dos mortos, celebrada após o Dia de Todos os Santos, foi o monge beneditino Odilo (ou Odilon) de Cluny.
