Investigações feitas pela Polícia Civil levaram ao desmonte de um esquema de falsificação de cigarros de palha em Poço Fundo. Um fabricante até tinha a sua própria marca, mas resolveu vender produtos com a imitação da logo de um concorrente em cidades da região.
A denúncia foi feita diretamente à Delegacia da Comarca pelo dono da empresa prejudicada. Após instauração de inquérito, foi solicitado e concedido um mandado de busca e apreensão para a fábrica suspeita, situada no bairro Mãe Rainha, e a operação teve êxito na descoberta de cerca de oito mil pacotes falsificados.
A esposa do proprietário acompanhou todo o procedimento, e ele, que não estava no local, ficou de comparecer à presença da autoridade para dar explicações na tarde do último dia 7 (quinta-feira). A reportagem do JPF ainda não teve acesso ao que foi dito em seu depoimento e, por isso, optou por não citar a sua identidade, embora o caso tenha tomado conta das redes sociais.
Segundo o delegado Éder Neves, o esquema era simples. O empresário solicitou a uma gráfica que confeccionasse pacotes do concorrente e, a partir daí, começou a colocar neles os cigarros produzidos por sua fábrica, passando então a vendê-los pela região. A descoberta do esquema se deu quando o real dono da marca comercializada tentou efetuar negócios em determinados estabelecimentos e estes afirmavam que já tinham adquirido seus produtos.
Ainda de acordo com o delegado, o suspeito de falsificação poderá responder por estelionato, cuja pena varia de um a cinco anos de prisão, mas também ser enquadrado em crime contra as relações de consumo, pois quem comprou estes cigarros dele teria sido enganado.
O dono da firma que fez a denúncia informou à reportagem do JPF que espera a punição adequada na esfera criminal e adiantou que entrará com uma ação de indenização por danos morais e patrimoniais, além do uso indevido de sua logo.